Hoje é um daqueles dias em que a leitura
dos jornais nos leva a questionar o progresso da humanidade. A Organização
Mundial da Saúde (OMS) publicou uma série de documentos divulgados nesta
quinta-feira, 20/06/2013, que afirma que um terço das mulheres em todo o mundo
foram vítimas de agressão física ou sexual por parte de seu parceiro atual ou
passado, de acordo com o primeiro relatório mundial sobre a violência contra as
mulheres.
Especialistas estimam que cerca de 40% das
mulheres que morrem em todo o mundo foram mortas por seus parceiros; e que as
agressões dos parceiros eram a forma
mais comum de violência sofrida pelas mulheres.
"A
violência contra as mulheres é um problema de proporções epidêmicas no mundo da
saúde", disse a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, em uma declaração.
A OMS define a violência física, como, por
exemplo, o ser golpeada, empurrada,
espancada, estrangulada ou sendo atacada com uma arma. A agressão sexual foi
definida como ser forçada fisicamente a ter relações sexuais; ter relações
sexuais por medo do que possa fazer o seu parceiro ou ser obrigada a fazer algum ato sexual humilhante ou degradante.
O documento da OMS também analisa as taxas
de violência sexual sofrida pelas mulheres nas mãos de outra pessoa, sem ser o
seu companheiro, e constatou que 7% das mulheres do mundo já havia sido
abusada.
Além disso, a OMS emite diretrizes para
que as autoridades detectem problemas mais cedo e disse que todos os
trabalhadores de saúde devem reconhecer quando as mulheres estão em risco e
como responder corretamente.
O relatório global da OMS constatou que
30% das mulheres são afetadas pela violência familiar ou sexual por um
parceiro. O relatório é baseado em grande parte nos estudos de 1983 até 2010. Estudos das Nações Unidas
mostram que mais de 600 milhões de mulheres vivem em países onde a violência familiar
não é considerada um delito.
África, Oriente Médio e Sudeste da Ásia
têm os mais altos índices de violência familiar contra as mulheres: 37% foram
vítimas de abuso físico ou sexual por um parceiro íntimo em algum momento de
suas vidas. A taxa foi de 30% na América Latina e 23% na América do Norte. Na
Europa e na Ásia, o índice foi de 25%.
Os números no Brasil são arrepiantes:
apenas em casos de violência sexual, o Sistema Único de Saúde (SUS) reuniu mais
de uma média de dois casos por hora ao longo de 2012 (18.007 vítimas). Cerca de
75% eram meninas, adolescentes e idosas. Nos últimos seis anos, o número de
reclamações aumentou em 526%
É necessário, em
primeiro lugar, defender as vítimas,
ajudá-las a se recuperarem de suas feridas externas e internas. Mas isso
não é suficiente, a sociedade deve ser organizada de modo que violações
semelhantes não ocorram mais: é necessário educar crianças e adolescentes
no respeito e no amor, fornecendo
recursos educacionais para as famílias, criar estruturas de leis eficazes de
relatórios e de dissuasão. Esta é a tarefa de todos nós: governos, escolas, Igreja,
ONGs ... Juntos, para que isso não aconteça!
AVISAMOS que as imagens do seguinte video podem ser muito impactantes
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