
Dentre essa classificação de 8º país em número de suicídios, a segunda cidade que mais se tem essa prática no Brasil é Fortaleza-CE, ficando atrás apenas da maior metrópole brasileira São Paulo-SP.
No dia 25 de junho deste ano, a Defensoria Pública do Estado do Ceará promoveu um dia de formação e capacitação sobre prevenção ao suicídio para os funcionários de organizações que cuidam de crianças e adolescentes no Ceará.

A ação surgiu a partir das demandas apresentadas à Defensoria de tentativas de suicídio de crianças e adolescentes atendidas em unidades de acolhimento em Fortaleza. A partir daí, percebeu-se a necessidade de instruir melhor os cuidadores e as equipes técnicas para que saibam lidar com a situação das crianças e adolescentes, que, devido à sua vulnerabilidade, estão no grupo de risco para o suicídio.
Sete funcionários do Lar Santa Mônica compareceram a este dia de palestras. Dentre eles, uma mãe social, uma professora, duas psicólogas, uma assistente social e o diretor. As palestras tiveram início às 8h30 da manhã e foram até às 16h, com intervalo de uma hora para almoço. Esse tipo de formação é importante porque orienta os funcionários que estão mais próximos das crianças e adolescentes a terem consciência de que o suicídio é uma realidade, infelizmente, mais comum do que aparenta.

- · Você tem planos para o futuro?
- · Para você, a vida vale a pena ser vivida?
- · Se tivesse certeza de que a morte viesse hoje, o que sentiria?
- · Você está pensando em fazer algo contra sua vida?
- · Você tem planos para se matar?
- · Tentou executar esse plano recentemente?

orientada é fundamental. Foi pensando nisso que o Lar Santa Mônica reorganizou toda a sua rotina em prol deste evento, visando sempre o bem-estar de cada criança/adolescente acolhidas, para que possam sempre estar em sintonia e tenham uma visão ampliada no processo de desenvolvimento de cada criança.

Devemos
levar em consideração que as meninas atendidas pelo Lar Santa Mônica estão
muito susceptíveis a prática da
automutilação e os pensamentos
suicidas, uma vez que os eventos adversos na infância e na adolescência, como maus tratos, abuso físico e sexual, transtornos
psiquiátricos, etc. são fatores de
risco para a prática suicida.