sábado, 29 de junho de 2019

O LAR SANTA MÔNICA NA PREVENÇAO CONTRA O SUICIDIO INFANTO-JUVENIL


A VIDA VALE A PENA SER VIVIDA... com essa perspectiva de ajudar as crianças e adolescentes vitimas de violênciasmúltiplas, que muitas vezes desistem de sonhar e procuram diferentes formas de acabar com a dor, mais uma vez a equipe do Lar Santa Mônica se capacita e desta vez na Prevenção ao Suicídio.

Vale ressaltar a importância de prevenir o suicídio, pois o Brasil é o 8º país em número absoluto de suicídios, sendo líder entre os países latino-americanos. Em termo mundial, a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio e a cada 3 segundos uma pessoa atenta contra a própria vida.

Dentre essa classificação de 8º país em número de suicídios, a segunda cidade que mais se tem essa prática no Brasil é Fortaleza-CE, ficando atrás apenas da maior metrópole brasileira São Paulo-SP.

No dia 25 de junho deste ano, a Defensoria Pública do Estado do Ceará promoveu um dia de formação e capacitação sobre prevenção ao suicídio para os funcionários de organizações que cuidam de crianças e adolescentes no Ceará.

Os palestrantes eram médicos psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros... Todos membros do PRAVIDAPrograma de Apoio à Vida, grupo que atua prevenindo suicídio no Estado, e tem reconhecimento nacional.

A ação surgiu a partir das demandas apresentadas à Defensoria de tentativas de suicídio de crianças e adolescentes atendidas em unidades de acolhimento em Fortaleza. A partir daí, percebeu-se a necessidade de instruir melhor os cuidadores e as equipes técnicas para que saibam lidar com a situação das crianças e adolescentes, que, devido à sua vulnerabilidade, estão no grupo de risco para o suicídio.

Sete funcionários do Lar Santa Mônica compareceram a este dia de palestras. Dentre eles, uma mãe socialuma professoraduas psicólogasuma assistente social e o diretor. As palestras tiveram início às 8h30 da manhã e foram até às 16h, com intervalo de uma hora para almoço. Esse tipo de formação é importante porque orienta os funcionários que estão mais próximos das crianças e adolescentes a terem consciência de que o suicídio é uma realidade, infelizmente, mais comum do que aparenta.

Nos temas abordados, foi orientado que os educadores estivessem atentos aos sinais apresentados nos discursos das crianças ou adolescentes. Frases como, quero dormir e acordar quando os problemas tiverem terminado podem indicar um sinal de alerta. Além disso, pode-se fazer algumas perguntas-chave à criança ou adolescente que estejam demonstrando algum comportamento suicida. As seis perguntas são:
  • ·        Você tem planos para o futuro?
  • ·        Para você, a vida vale a pena ser vivida?
  • ·        Se tivesse certeza de que a morte viesse hoje, o que sentiria?
  • ·        Você está pensando em fazer algo contra sua vida?
  • ·        Você tem planos para se matar?
  • ·        Tentou executar esse plano recentemente?


A partir das respostas obtidas com essas questões, é possível agir mais rápido para preservar a vida dessas crianças e adolescentes.  Para isso, uma escuta acolhedora, uma equipe disposta e 
orientada é fundamental. Foi pensando nisso que o Lar Santa Mônica reorganizou toda a sua rotina em prol deste evento, visando sempre o bem-estar de cada criança/adolescente acolhidas, para que possam sempre estar em sintonia e tenham uma visão ampliada no processo de desenvolvimento de cada criança.

Devemos levar em consideração que as meninas atendidas pelo Lar Santa Mônica estão muito susceptíveis a prática da automutilação e os pensamentos suicidas, uma vez que os eventos adversos na infância e na adolescência, como maus tratosabuso físico e sexualtranstornos psiquiátricos, etc. são fatores de risco para a prática suicida. 

Devemos levar em consideração que as meninas atendidas pelo Lar Santa Mônica estão muito susceptíveis a prática da automutilação e os pensamentos suicidas, uma vez que os eventos adversos na infância e na adolescência, como maus tratos, abuso físico e sexual, transtornos psiquiátricos, etc. são fatores de risco para a prática suicida.