DIA 14: UM RESUMO DA SEMANA
Continuamos desfrutando e vivenciando ao máximo cada dia. Estes últimos dias têm sido
tranqüilos, sem sair do Lar, mas que neste lugar tem tanta vida com estas
pequenas, que faz com que cada momento é diferente e agradável.
Quarta-feira pela manhã a rotina foi normal: aulas de Espanhol e Inglês com
Basi
e Paula
e nós carimbar cupons fiscais que sempre tem para carimbar. E à tarde Roberta, a mãe social das adolescentes
nos convidou para acompanhá-la ao centro, ela tinha que fazer umas compras e
fomos para lá.
Fiquei muito surpresa com a quantidade de pessoas que estava pela rua. Finalmente
vi movimento e vida, já tínhamos passado pelo centro duas vezes ao irmos para o
seminário (como já comentamos), as ruas nestas horas estavam desertas. Bem, foi uma tarde divertidíssima,
porque além da peculiaridade das lojas tivemos que ir de ônibus e a viagem de
ida foi normal, como qualquer circular da
Espanha, mas a volta ... as pessoas estavam de pé, porque o ônibus estava super lotado e foi
muito engraçado quando fazia suas paradas e ia subindo e subindo gente. Bem como se diz na Espanha "estávamos
como sardinhas em lata". Mas era complicado quando alguém queria
descer e tinha que atravessar todo o ônibus... Foi uma experiência divertidíssima.
À noite, antes do jantar, tivemos a visita da entidade Obra de Maria que
vem fazer um momento de louvor com as meninas (toda quarta a noite) é uma
mini-catequese através de danças e canções. As meninas gostam e passam super bem, dançamos,
cantamos e as crianças estavam rindo e as tias pareciam “patos tontos” todas
felizes e bailando...
Na sexta-feira, o dia começou com um susto: é que haviam roubado a bomba que
fornece oxigênio para os peixes. A decepção foi enorme porque tanto esforço para
obter os peixes... Assim que teve que
comprar outra bomba. Claro que agora descemos e subimos a bomba para a casa todos os dias... continuamos
nossos trabalhos das aulas e dos cupons ...ainda uma outra
coisa super incrível: Luiza e Lucélio tinha que levar uma das meninas ao
oftalmologista e a hora era cinco e meia da manhã. A verdade é que cada vez mais vemos a
dedicação plena que todos os trabalhadores do Lar tem pelas meninas.
Na parte da tarde foi outra "aventura impossível de se cumprir"
a equipe do Lar não conseguiu entrar em contato por telefone com a mãe da
menina que acabado de chegar, por isso fomos para a escola pedir informações
sobre ela, onde morava e os papeis para efetuar a matricula escolar. Bem, depois de mais de duas horas de
tentativas, tivemos que voltar para o Lar se conseguir encontrar a escola
antiga. Não era comum isso
acontecer, de fato nos contaram Lucelio e Luiza que isso já aconteceu de ficar dando voltas e voltas até encontrar os o
destino da família. A verdade é super admirável a paciência que eles têm, porque é também a
hora do dia mais quente é, dar a volta e volta de carro com o vento das janelas
abertas.
Quando voltamos, como ainda era cedo, havia uma casa que eu queria
visitar desde o primeiro dia aqui no CEU: a casa do sol nascente, que
acolhe as crianças, filhos de pessoas com AIDS. Todos são portadores, e os bebês lindos e graças a
Deus têm um lugar onde eles são criados com muito amor e carinho. Sua idade é de zero ano até oito
anos. Havia o pequeno L.
quatro meses que fica de braço em braço, outros rastejando no chão e outros que
tem que os manter em pé. Foi uma alegria tê-los em nossos braços. Paula assim que entrou, um se aproximou dela, o J. ,
e quando estávamos saindo não havia maneira de separá-los.O pobre estava
chorando. Ah!!!, se pudéssemos levá-lo nas
malas...
Quando voltamos para casa Sta. Monica, tivemos celebração. Qualquer desculpa é boa para dar às
meninas um pouco de tempo divertido, mas especial, porque comemoramos o Dia
dos Pais. Assim, com um pequeno bolo e suco, cantamos, agradecemos aos pais. Foi muito emocionante quando ao recordar
a figura da família, muitas meninas começaram a chorar. É irônico que precisamente por que a
família é desestruturada, elas estão aqui, mas bem ou mal que seja sua mãe, é sua mãe assim como
seu pai.
À noite como em todas as sextas-feiras, acabou com pipoca e um preciso
filme: A Bela e a Fera. Que grande lição, a beleza não está fora, mas dentro de nós! Desta vez foi como
na semana passada, apenas uma adormeceu.
Hoje sábado genial!!, Como acontece na maioria dos lugares que tem
crianças e não precisa madrugar. ...! Pois sim... Ás cinco horas da manhã todas acordadas! Aqui a vida começa muito cedo, mas como
sabiam que hoje havia uma pequena festa no CEU com palhaços, jogos, canções, café
da manhã... elas queriam aproveitar o maximo e as oito e meia nos pusemos a
caminho.
Foi maravilhoso ver todas as crianças do CEU, irmãos e irmãs se reúnem
como o caso de J. que viu seu irmão L.,
ou no caso de S.C que também tem dois irmãos na Casa do Menor. Aproveitam juntos, compartilham juntos e riem juntos, mas para dizer adeus é um adeus sem
tristeza, porque eles sabem que em breve eles vão se ver, e isso é outra coisa que me surpreende, como
naturalmente assumem a situação.
O Frei Alberto veio uma menina nova, S., pois tal como combinamos com
ela na visita, ela viria conhecer o Lar e decidiria se ela queria ficar. Esta tarde depois do almoço já nos
disse que queria ficar, e não me canso de repetir: esse lugar é "mágico".
Quando voltamos encontramos os seminaristas que aos segundos sábados vem
ajudar no Lar onde há sempre muito trabalho duro no campo, puxando enxada,
porque aqui os matos crescem. Eles são cativantes e as meninas os amam muito.
E mais surpresas, quando íamos a comer apareceu quase sem dormir
"Tia Grazi", que vinha de passar as suas
férias na Espanha, quase diretamente do avião. As meninas a recebeu com aplausos e beijos. Meu Deus como elas a querem!
E depois de comer outra festa é que uma vez por mês, comemoramos
os aniversários de todas as crianças e pessoas de Lar, já que
economicamente não podemos fazer de cada um. Mais esse aniversario foi mais,
umas pessoas maravilhosas patrocinaram os quinze anos de B. que é a mais antiga do
Lar. Então, primeiro com
uma missa que parece nunca acabar pelo que pedem,agradecem, sem nenhuma
vergonha. É maravilhoso
ouvi-las, uma após a outra se atropelando ao querer falar... vestidas com um
lindo vestido branco para diferenciá-las e fazer que realmente seja um dia especial
para elas. Terminamos com um
grande lanche, e depois acabamos desfrutando das danças. ! Dá-me muita inveja ver-las dançar, tem
o ritmo no sangue!Vamos pedir ao Frei, para mudar as aulas de espanhol por
dança brasileira que nos vão a ensinar... com os patos que são... não sei se vamos ser aprovados.....
Continuar.
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