quarta-feira, 4 de abril de 2012

AUMENTAM ABUSOS SEXUAIS NO BRASIL


Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi instalada ontem, na Câmara dos Deputados, em Brasilia, para investigar denúncias publicadas na imprensa sobre o turismo sexual e exploração sexual de menores.

De acordo com a relatora, o número de casos de exploração sexual de crianças e adolescentes só aumenta no Brasil. "São 937 municípios com casos comprovados de exploração sexual de menores. O que representa 17% de todas as cidades do país". A relatora também disse que o problema atinge meninas e meninos.
A Comissão destacou as reportagens da Agência Brasil e de jornais da capital federal que denunciam a agressão física e sexual contra meninos e meninas por parte de policiais militares nas ruas de cidades do Distrito Federal (DF). As matérias mostram depoimentos de crianças acusando policiais de utilizarem o poder para praticarem crimes sexuais com essas crianças.

Para a CPI a exploração sexual de menores, além da discriminação de gênero, se caracteriza também pela discriminação étnica e pela desigualdade social, e defende que a comissão tenha como foco a formulação de políticas públicas para o enfrentamento do problema.

No início de março, uma adolescente de 16 anos caminhava de madrugada por uma cêntrica  avenida de Brasilia com mais três colegas. Todos menores de idade e moradores de rua como a jovem - que diz ter abandonado a mãe, usuária de drogas, e os sete irmãos (dois deles, também viciados) por causa da difícil convivência em casa e do próprio vício em crack. Droga que experimentou aos 14 anos, oferecida por uma vizinha.

Apesar de ficar em plena região central da capital federal, a cerca de 2 quilômetros do Congresso Nacional, à noite, o Setor Comercial fica quase deserto, tomado apenas por traficantes e prostitutas. Segundo Vanessa, foi ali que ela e colegas foram abordados por dois policiais em uma viatura. Segundo a jovem, ela foi abusada pelos policiais

Inicialmente, Vanessa não quis contar a ninguém o que tinha acontecido. Depois, encorajada por educadores sociais, decidiu registrar um boletim de ocorrência, segundo ela, na 5ª Delegacia de Polícia, e se submeter a exame de corpo de delito.


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